sábado, 29 de dezembro de 2018

Happy New Year! Feliz 2019!


Pelos bons e velhos tempos amigos

Melodias são amigas. Algumas não carregam grande variedade musical, mas uma doçura e uma força tão naturais que atravessam décadas, séculos, fronteiras. Ganham novos sentidos, novas palavras, novas roupagens, novos sentimentos, novas significações, e se tornam nossas amigas. São simples mas ricas. Universais e atemporais. Do tamanho do mundo. Do tamanho de civilizações. Com elas cantam-se a chegada e a partida, o amor e a raiva, a felicidade e a tristeza, a amizade e o desprezo, o celebrar e o menoscabar, o novo e o velho. E em qualquer caso é o coração que canta. Assim é a melodia que acompanha o poema “Auld Lang Syne” do bardo escocês Robert Burns (1759-1796). Dó-Fá-Mi-Fá-Lá-Sol-Fá-Sol. Melodia de origem folclórica, de fácil assimilação, de fácil adaptação. Poema que saúda o prazer da reunião e da memória compartilhada. Os tempos que passam e devem ser lembrados. O fim e o início de um ciclo. Cantados em todos os cantos da rosa dos ventos. Cantemos a amizade, o tempo e a vida... Tudo que vive é sagrado! Happy New Year! Feliz 2019!

Bruno D’Abruzzo – editor da Tipografia Musical


Auld Lang Syne – The Cast–Mairi Campbell & Dave Francis

The Purchase Symphony Orchestraperforms Auld Lang Syne




domingo, 26 de agosto de 2018

Convite. Lançamento "Cinco Peças para Dois Violões", de Francisco Mignone

clique nas imagens para ampliá-las
 
Dia 21 de setembro de 2018
A partir das 19h
Livraria da Travessa
 Ipanema, RJ

 Autógrafos com 
Maria Josephina Mignone


Considerado um dos mais prolíficos compositores eruditos brasileiros, com peças para diversos instrumentos e formações, Francisco Mignone (1897-1986) destaca-se também por sua extensa obra para violão. As peças que integram este volume foram escritas para dois violões em 1970 e dedicadas ao duo argentino Pomponio-Zárate. Recém-descobertas no Instituto Nacional de Musicología “Carlos Vega”, de Buenos Aires, elas são apresentadas aqui em edição Urtext, que teve como referência cópias fac-símiles dos manuscritos autógrafos do compositor. Com Cinco peças para dois violões dá-se sequência ao projeto iniciado com 24 Valsas Brasileiras (piano solo) de edições Urtext das obras de Francisco Mignone, que visam estimular performances e estudos musicais eficientes pelos mais diversos intérpretes deste idiomático compositor brasileiro. Esta edição conta com a colaboração dos violonistas Sidney Molina e Thiago Abdalla, integrantes do Quaternaglia Guitar Quartet, além da curadoria de Maria Josephina Mignone.


sexta-feira, 18 de maio de 2018

Lançamento. Esboço de Pavana, de Rafael Nassif - música contemporânea para violoncelo solo



esboço de pavana, para violoncelo, foi originalmente escrita em 2008 para flauta, como um presente particular, e emprega apenas harmônicos naturais. É a primeira composição de Rafael Nassif em entonação pura/justa, recurso bastante presente em seus trabalhos mais recentes como flow of knowing, para vozes femininas e taças de cristais, e karuna, para trio instrumental ao redor de um ouvinte só. A estreia de esboço de pavana ocorreu em Stuttgart, Alemanha, pelo compositor e violoncelista Christian Pfeiffer. A primeira apresentação em público no Brasil se deu em 2010, no concerto “Música Silenciosa” do Festival Eu Gostaria de Ouvir, pelo multi-instrumentista Felipe José. Cláudio Urgel, depois, registrou sua própria interpretação no CD Violoncelo Ontem e Hoje – Mostra de Música Brasileira. 

esboço de pavana, for cello, was originally written for flute in 2008, as a private gift, and employs only natural harmonics. It is Rafael Nassif’s first composition in pure / just intonation, a feature quite present in his most recent works like flow of knowing, for female voices and crystal cups, and karuna, for an instrumental trio around one listener only. The debut of the esboço de pavana took place in Stuttgart, Germany, by cellist and composer Christian Pfeiffer. The first public performance in Brazil took place in 2010 in the concert ‘Silent Music’ of the Festival Eu Gostaria de Ouvir, by the multi-instrumentalist Felipe José. Later, Cláudio Urgel recorded his own interpretation in the CD Violoncelo Ontem e Hoje – Mostra de Música Brasileira. 

***

Rafael Nassif (Juiz de Fora, MG, 1984) atua como compositor, pianista-performer e curador de concertos. Apresenta sua produção tanto em salas e eventos tradicionais como em espaços alternativos e em cooperação com outras artes. Recebeu diversos prêmios pelo seu trabalho, como o Kunstpreis Berlin (AdK, Berlim) e por duas vezes o Irino Prize (Tóquio). Lançou pela Tratore o portrait-CD musica d'incanto. Com longa formação musical no Brasil e na Alemanha, reside atualmente em Graz, Áustria, onde ensina piano, composição, ioga tibetana e meditação. 

Rafael Nassif (Juiz de Fora, MG, 1984) is a composer, a performer-pianist and a concert curator. He stages his gigs in all kinds of settings, from traditional concert halls to alternative venues, and in cooperation with other arts. He has received several awards for his work, such as the Kunstpreis Berlin (AdK, Berlin) and the Irino Prize (Tokio) twice. He has released the portrait-CD musica d'Incanto by Tratore. His long music formation has taken place both in Brazil and in Germany, but he now lives in Graz, Austria, where he teaches piano, composition, Tibetan yoga and meditation.



---
Título: esboço de pavana
Autor: Rafael Nassif
ISMN: 979-0-9017202-0-6
Formato: 23,5 x 31 cm
Páginas: 4
Peso: 100 g
Acabamento: brochura, grampeado
Preço capa: R$ 39,00
Área: música para violoncello
Edição: 1ª - 2018; bilíngue (português/inglês)

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Lançamento. "Um corpo que cai, Alfred Hitchcock ou o perverso e o sublime", de Mário Alves Coutinho

Cinema são encontros. Encontros para além de uma sessão. Encontros que podem durar uma vida toda, e com todas as relações perigosas que lhes são intrínsecas. 
E Um corpo que cai (Vertigo), de Alfred Hitchcock, vem proporcionando encontros desde que lançado em 1958. Encontros que já despertaram paixão e repulsa imediatas e tardias. E é sobre seus encontros com este filme, atravessados por outros de outras pessoas, que Mário Alves Coutinho fala neste livro.
Eleito em 2012 o melhor filme de todos os tempos pela Sight & Sound, Um corpo que cai recebe aqui uma leitura concisa e cerrada pelos olhos apurados de quem se encontrou (e ainda se encontra) por toda sua vida com esta obra-prima cinematográfica. Um olhar que só assim permite novos olhares interpretativos, mirando, por exemplo, o “fazer cinema” e o feminino que dela transbordam. 


Bruno D'Abruzzo, editor da Tipografia Musical

******

Este livro trata não apenas de um importante filme de Alfred Hitchcock, mas de um dos mais poderosos enigmas do cinema, com uma legião crescente de admiradores, intérpretes e decifradores.
A própria história da recepção crítica de Um corpo que cai (Vertigo) é intrigante. Desde sua estreia em 1958, foi pouco a pouco deixando de ser visto como um extravagante melodrama gótico-policial do diretor inglês e se tornou, aos olhos dos críticos, uma das mais extraordinárias criações cinematográficas de todos os tempos.
A consagração atingiu seu auge em 2012, quando uma enquete internacional feita pela influente revista Sight & Sound o elegeu o melhor filme da história, levando-o a desbancar Cidadão Kane, que há décadas ocupava o primeiro lugar na lista da publicação e de outras similares.
Um corpo que cai, Alfred Hitchcock ou o perverso e o sublime, de Mário Alves Coutinho, é a melhor porta de entrada que os brasileiros poderiam ter a essa obra-prima.
Com sensibilidade e inteligência, o autor – que é crítico de cinema e ensaísta, além de tradutor de William Blake e D.H. Lawrence – conduz os leitores, sequência após sequência, pelos caminhos labirínticos de Vertigo, revelando paulatinamente toda a sua riqueza estética, narrativa e temática.
A abundância de questões suscitadas pelo filme transborda para além do cinema, resvalando sobre tópicos centrais da psicanálise, da filosofia, da literatura, da teoria dos gêneros e do estudo dos mitos.
O autor caminha por todos esses terrenos com segurança, leveza e ritmo, evocando um portentoso elenco de pensadores, de Freud a Derrida, de Bazin a Žižek, que são como guias no trajeto. O ensaio jamais se fecha em uma interpretação, multiplicando as leituras e convidando o leitor a se tornar, ele próprio, um participante ativo da decriptação do filme.
Coutinho faz tudo isso sem nunca esquecer a matéria principal: a própria linguagem cinematográfica e o seu impacto no imaginário, na sensibilidade e na inteligência. Cinéfilo culto e curioso, ele deseja tanto decifrar os segredos de sua paixão por um filme, compartilhada por inúmeros espectadores, como entender a própria potência do cinema, que pelas mãos de Hitchcock, em Um corpo que cai, alcançou uma força máxima de expressão.

Alcino Leite Neto é crítico de cinema, jornalista e editor



Disponível em: